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Ética e Responsabilidade são propulsoras da Inovação



Minha tentativa de demonstrar que ética e responsabilidade são propulsoras - e não detratoras - da inovação.


Imagine que você queira lançar um novo salgado: uma coxinha esférica. Talvez sua ideia tenha nascido do eterno conflito da humanidade: começar a comer pela base ou pelo biquinho? Algo tão atemporal quanto feijão ser embaixo ou em cima do arroz.


Enfim, primeiro você trabalha a ideia desenhando no papel mesmo. Depois você inicia a fase de prototipagem com diferentes receitas para a massa, maneiras de montar o salgado, quantidades de recheio, tempos de fritura ou talvez oferecendo uma mordida para alguém em casa procurando opiniões.


Eventualmente você chega a algo que parece ficar de pé, daí parte para o MVP oferecendo provas para mais familiares e amigos, quem sabe até para o dono amigo do boteco perto de casa. 


Você pega feedbacks, ajusta o produto e se prepara para chegar ao piloto. É um produto praticamente completo, talvez sem uma embalagem com sua logo ou uma forminha personalizada. Esse piloto você oferece em botecos da região e continua a observação.


Enfim, chega ao produto final pronto para ser vendido em escala. O sucesso te espera!


Agora pintem o seguinte quadro:


- No protótipo você manobrava a massa com as unhas imundas e sem luvas;


- No MVP você usou os ingredientes mais baratos possíveis sem preocupar-se com a qualidade;


- No piloto você decidiu cortar custos nos rótulos sem dar clareza para ingredientes que possam desencadear alergias;


Como acha que esse produto final será? 


Obviamente todos os problemas acima poderiam ser identificados e corrigidos ao longo do processo, mas essa visão técnica esconde algo ainda mais crítico: um mindset de negligência.


Talvez seus clientes não saibam disso tudo no início, talvez dê sorte de mitigar tudo isso antes que alguém descubra. Mas um dia, acontece e mesmo com todo o ajuste no discurso e ações tomadas o impacto seja severo a ponto da coxinha esférica falir.


Detalhe: a SUA. Uma vez provada a demanda, seu competidor criará uma e capitalizará toda a ética e responsabilidade que ele colocou e que você ignorou.


Pense assim: se existe um MVP (Minimum Viable Product), por que não pensar também em um MRP (Minimum Responsible Product) ou MEP (Minimum Ethical Product)? Isso não requer investimentos enormes.


Como toda a analogia, esta é limitada, mas funcional. Ética e responsabilidade precisam nascer junto com o produto, não depois, pois isso ajudará na diferenciação, atratividade e perenidade do negócio.


Olhe para a coxinha que fez e pergunte-se: você a comeria se fosse feita por outra pessoa nesses mesmos termos relatados?


Se comeria mesmo assim, não tem salvação. Se não comeria mas mesmo assim segue em frente, você não é empreendedor: é um oportunista (para não outro adjetivo deselegante).



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Gostou do texto? Deixe aqui sua opinião, eventuais dúvidas e divulgue para mais pessoas, vamos compartilhar conhecimento!





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