Artigo de 2016 de Erin Ramarajan, HBR, investiga o fenômeno da sobrecarga de tarefas por causa da rapidez e agilidade nos negócios.
Neste tom de urgência, a tecnologia contribui para lideranças se comunicarem com todos fora do horário comercial com trabalhos adicionais de última hora. E, os que ousam se desligar de tudo isso, são penalizados e marginalizados.
Ainda segundo a pesquisa, nesses ambientes, qualquer sugestão de compromissos externos pode indicar falta de aptidão para o trabalho.
Essa crença, leva pessoas a resistirem a mudanças organizacionais que podem reduzir a pressão.
Quando a Best Buy tentou se concentrar nos resultados, evitando muitas horas de trabalho, gerentes recusaram, mantendo a crença de uma devoção altruísta ao trabalho. Tarefas acima de tudo. Resultados não importam.
E, por isso, o tecido social que habita em uma empresa, adapta a "estratégia enquanto teoria" à realidade.
Outro texto, do MIT SLOAN, sobre cultura organizacional (junho, 21), ressalta que o mantra "Culture eats strategy for breakfast" é um jeito indireto de dizer que, possivelmente, o que formulamos não se encaixa no contexto no qual deveria ser executada.
O que define o mundo real e o que está ao seu redor não se comunica com o que "me pedem para fazer".
E, neste caso, quem chega com apetite voraz, devorando o negócio, não é a cultura. Mas, a distância entre o que eu quero e o que o mercado espera de mim. Um terreno baldio que ninguém conhece o dono.
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