A gíria carioca "caô", significa enrolação ou até mesmo mentira.
Lembro do jogador Vampeta, na época jogando pelo Flamengo: "eles fingem que pagam, eu finjo que jogo." Caô em mão dupla.
Negócios não estão livres deste fenômeno.
Aliás, algumas empresas, culturalmente, são "caocêntricas". Procuram ganhar tempo com clientes, fornecedores e colaboradores tornando processos mais complexos. Exato. Sob a mentira-verdadeira de melhorar a produtividade, acabam enrolando tudo.
O consultor e autor Yves Morieux destaca essa armadilha ao descrever que a questão trata de "menos atividades de agregação de valor, mais trabalho inútil sobre trabalho."
Podemos perceber tal problema com a criação de novas camadas hierárquicas, funções, KPIs para todos os lados e etc. Diante da complexidade, a complicação substitui a simplicidade.
Por que "vende" mais. Ganha holofotes. Gera mais horas de trabalho. Envolve mais pessoas.
Grupos serão criados para decidir a mudança de lugar de uma tomada de parede.
Enfim, a base do "caocêntrismo" encontra-se em criar mais explicações que soluções.
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