Imagine que o limite de velocidade em uma via seja de 60km/h. Você passa pelo radar a 80km/h. Você será multado por excesso de velocidade.
O custo da multa parece não surtir o efeito necessário, cria-se um sistema de pontos na CNH, que é suspensa ao ultrapassar um determinado limite.
O Estado então cria um sistema de créditos para bons motoristas, e o torna um ativo que pode ser negociado entre as partes.
O motorista A passa a dar ainda mais valor à direção responsável, e isso tem efeito positivo. Não é por ser o certo a ser feito, e sim pelo potencial lucro com os créditos.
O motorista B gosta de dirigir em alta velocidade e continuará fazendo isso, pois agora ele pode aliviar o problema comprando créditos do motorista A.
O motorista C andava correto com medo da suspensão da CNH passa a cometer excessos, e compra alguns créditos do motorista A.
Isso dura até o motorista A chegar à conclusão que tudo continua o mesmo, e que ele é parte da manutenção do problema.
A penalidade mudou para pedágio.
Você acabou de entender créditos de carbono, como se o Clark Kent tivesse tirado os óculos para você realizar que ele é o Super Man.
Por Ricardo Costa
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